terça-feira, 22 de maio de 2018

Tucunaré, um show de peixe

O tucunaré é sem dúvida um dos peixes mais esportivos e procurados do Brasil, podemos chamá-lo de embaixador da pesca esportiva em nosso país.
Peixe de escamas, pertencente à família Cichlidae, a mesma dos Jacundás, Tilápias, Acarás e Apaiaris. Muito voraz, brigador, valente e saltador, seu ataque à isca é uma verdadeira pancada, principalmente nas iscas de superfície. 
O gênero Cichla possui 15 espécies, segundo revisão de Kullander e Ferreira (2006), sendo o padrão de colorido o definidor de separação das espécies. Dentre as mais conhecidas estão o tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pretinho, tucunaré-pitanga, tucunaré-fogo, tucunaré-amarelo e tucunaré-azul, estes dois últimos, encontrados aqui na região de Piraju-SP, na Represa Jurumirim e na Represa de Chavantes, formadas pelo rio Paranapanema. O tucunaré-açu atinge até 1,20 metro de comprimento e chega a pesar até 15kg. Já os azuis chegam até 6 ou 7 kg e os amarelos no máximo aos 4 kg.
Gostam de água parada como lagos e lagoas marginais, mas também podem ser encontrados na calha dos rios e trechos de água um pouco rápida, porém a maior parte dos exemplares vai preferir regiões de água calma. Costuma ficar atrás de obstáculos, como galhadas, troncos, na sombra durante o sol forte, no meio da vegetação, junto de estruturas como estaleiros, em praias de rios, drop offs e junto aos barrancos. Caçam por emboscada ou perseguição ativa, e são muito determinados na busca por alimento.
Alguns dias atrás, realizei uma ótima pescaria deles na represa Jurumirim, a poucos minutos de casa. Insisti o dia todo nas artificiais e nada de ação, estavam muito manhosos. Daí tive que partir para o lambari vivo, iscando com bóia e anzol maruseigo 16, e foi fatal, consegui capturar alguns exemplares que posaram pra foto e foram soltos em seguida.






       

domingo, 20 de maio de 2018

Piracanjuba, um peixe de tirar o fôlego

Existem peixes que são verdadeiros sonhos de pescador, um desses é a Piracanjuba, rainha da bacia do prata, um peixe extremamente esportivo, que não se entrega facilmente, tomando muitos metros de linha do pescador e saltando inúmeras vezes antes de se entregar. Esse peixe esteve na beira da extinção no Rio Paranapanema, mas de anos pra cá, através de repovoamentos, ela reapareceu, podendo ser encontrada em grandes cardumes, que vez ou outra aparecem atacando os lambaris na superfície.
Certo dia estava pescando com os amigos, fomos bem cedo num ponto que já tínhamos visto peixe batendo na superfície. Estava difícil, ventando, com um pouco de marola nas águas, logo no começo da pescaria, por volta das 7 horas da manhã, no quarto arremesso, minha isca de meia água da Yo-zuri foi sugada por um submarino. De imiediato a fricção da carretilha começou a cantar com o peixe nadando pro fundo. Os primeiros minutos foram do peixe nadando muito rápido, cabendo a mim apenas cuidar para não bambear a linha e nem forçar demais o equipamento. Aos poucos fui controlando as corridas do peixe, recolhendo um pouco de linha, mas logo ela tomava linha de novo, e foi assim por vários minutos. Depois de um tempo nessa queda de braço, eis que surge uma maravilha de piracanjuba de quase 6 kg, pesados no alicate. Uma briga sensacional que jamais esquecerei.







Pescaria de piau

Pescar piau é sempre um desafio, é um peixe arisco, ligeiro, se vacilar perde a puxada. Sua pesca é bastante esportiva, pois é uma espécie que briga muito, trazendo muita emoção ao pescador. Podemos pescá-lo com varas telescópicas ou de bambu, ou também com molinete ou carretilha de ação leve.
Para um maior sucesso na pescaria, é necessário fazer uma ceva no local com alguns dias de antecedência, utilizando de preferência milho, quirera, farelo de arroz, soja e mandioca.
Com relação a isca, se tem um peixe que come de tudo, esse é o piau três pintas. Já fisguei essa espécie utilizando milho, minhoca, massa, macarrãozinho, sagu, lacraia, salsicha, calabresa, gordura, coração de boi, etc.
Esses dias fiz uma pescaria deles num trecho do rio Paranapanema que corre livre, sem usina, que é como deve continuar. O rio correndo livre é fundamental para o ciclo reprodutivo do piau, e também piaparas, piauçus, piracanjubas, curimbas, pacus, dourados e surubins. Uma usina corta isso ao meio, e todos sabemos o resultado. Enfim...
Comecei a pescar no final de tarde e começo da noite, utilizando massa, e os resultados foram muito bons.







 O Piau procura enroscos, portanto deve-se ficar atento quando o peixe chegar próximo à margem.


No meio da pescaria de piau, pode entrar o piauçu, daí o bicho pega.