terça-feira, 14 de março de 2017

Traíra, ô bicho bravo!

Pescar traíras é algo que remete à minha infância, quando não havia a Usina Piraju (CBA), que acabou destruindo o Salto Simão, local que era reduto de dourados, surubins, piaparas enormes, tabaranas, entre outros, que a ganância do homem acabou destruindo. Eu pescava traíras pra cima do salto, onde o rio corria mais manso, com inúmeros aguapés e lagoas marginais. O material era o tradicional varejão de bambu, linha de 1 mm, anzol na casa do 7/0, chumbada para bater na água e manter a linha esticada, e de isca sempre usava o lambari, iscando ele enfiando o anzol na boca e deixando a ponta próxima da cauda,"trunchado" como dizem. A técnica, que não é segredo pra nenhum pescador, consistia em bater o chumbo com a isca no meio dos aguapés, fazendo barulho, pois as dentuças se irritam com barulho na água e como são territorialistas, vão logo pra cima da isca. Quando a traíra mordia, a fisgada tinha que ser forte pra ela não enroscar na vegetação, depois mandava ela pra trás com força. Muitas vezes ela escapava no ar, e pra achá-la no meio do mato era complicado, sem falar no risco de topar com alguma cobra venenosa. Bons tempos esses, onde o rio corria livre neste trecho.
Hoje em dia costumo ir atrás das dentuças na represas do Panema, principalmente na Jurumirim.
A técnica da infância era muito eficaz e continua sendo, porém hoje em dia o método que utilizo é muito mais esportivo, a pesca é diferente, dessa vez com carretilha, vara de ação rápida, linha multifilamento e iscas artificiais como plus de meia água, superfície, frogs, spinnerbaits, chatterbaits, etc.

Segue algumas fotos das últimas capturas das dentuças do panema.




 


 


 


 


 












Obrigado à todos pelas visitas!!! Pratiquem a pesca esportiva!!!