Num rio represado e com tantas usinas como o Paranapanema, a pesca da espécie torna-se mais difícil, devido à escassez dos exemplares, devido também ao fato do rio nunca parar num nível estável, está sempre subindo e descendo por causa do abrir e fechar das comportas. Mas com uma boa ceva, e paciência, podem-se encontrar bons espécimes.
Quando chegamos ao local, eu falei pro “veio” que os
primeiros minutos diriam tudo sobre o dia de pesca. E foi batata!!! Isquei um milho verde e na primeira
jogada, fisguei uma piapara por volta de 1 kg que brigou como uma doida, voou
fora d’água num salto fantástico, mostrando o porquê de ser chamada de "voadeira" em algumas regiões. "Tentiei" a beiçuda com calma, a adrenalida correu forte nas veias, e a primeira
piapara foi capturada.
Não perdi tempo e já isquei outro milho e lancei, adivinhem? Pegou na descida, e fez a linha cantar. Mais uma captura, devidamente devolvida ao rio.
Pensei, elas estão aí e com fome.
Na terceira lançada, outra piapara e maior que as duas
primeiras, uma briga sensacional. Neste tempo meu pai estava arrumando a sua
vara e só olhando. Foram uns 12 minutos e três piaparas nas três primeiras
jogadas, ele até brincou: “está pescando lambari?”
É incrível pescar numa ceva bem feita, quando os peixes que tendem a ser ariscos, ficam “mansos” ou acostumados, fazendo a alegria do pescador.
Depois deste terceiro exemplar meu pai começou a pescar, e
fisgou um piau e logo depois uma piapara. Depois as beiçudas deram uma parada,
devem ter assustado um pouco. Mas neste caso fomos jogando quirera misturada com farelo de arroz de vez em
quando para mantê-las por perto.
O material usado foram varas telescópicas de mão, entre 3 e 4,5 metros e linha 0,25mm monofilamento.
O material usado foram varas telescópicas de mão, entre 3 e 4,5 metros e linha 0,25mm monofilamento.
Neste dia fisgamos várias Piaparas, também fisgamos vários
piaus, piavas vermelhas, ferreirinhas, lambaris, tambiús e pacus prata.
Foi um dia pra ficar na memória!
