sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Tucunaré: símbolo da pesca no Brasil


O Tucunaré seguramente é o peixe símbolo da pesca esportiva brasileira. São peixes nativos da América do Sul, especificamente das bacias do Rio Amazonas, do Rio Orinoco e das Guianas. Foi introduzido nas outras duas principais bacias do Brasil (do Prata e São Francisco), podendo ser encontrado em abundância em inúmeras represas do estado de São Paulo e até no Pantanal matogrossense, em rios como o Piquiri e Itiquira. Também foi introduzido em outras regiões do mundo, como Panamá e Estados Unidos (Flórida e Havaí).

Peixe de escamas, pertencente à família Cichlidae, a mesma dos Jacundás, Tilápias, Acarás e Apaiaris. Muito voraz, brigador, valente e saltador, seu ataque à isca é uma verdadeira pancada, principalmente nas iscas de superfície. O gênero Cichla possui 15 espécies, segundo revisão de Kullander e Ferreira (2006), sendo o padrão de colorido o definidor de separação das espécies. Dentre as mais conhecidas estão o tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pretinho, tucunaré-pitanga, tucunaré-fogo, tucunaré-amarelo e tucunaré-azul, estes dois últimos, encontrados aqui na região de Piraju-SP, na Represa Jurumirim e na Represa de Chavantes, formadas pelo rio Paranapanema. O tucunaré-açu atinge até 1,20 metro de comprimento e chega a pesar até 15kg. Já os azuis chegam até 6 ou 7 kg e os amarelos no máximo aos 4 kg.

Durante seu desenvolvimento, há uma oscilação significativa nas cores, como intensidade e padrão. São peixes que cuidam da prole, permitindo um sucesso reprodutivo. Apresentam como principal característica o ocelo na cauda, que serve para enganar predadores, confundindo com um olho.
Na época do acasalamento, nos machos é formado um adorno ou cupim no alto da cabeça.

Gostam de água parada como lagos e lagoas marginais, mas também podem ser encontrados na calha dos rios e trechos de água um pouco rápida, porém a maior parte dos exemplares vai preferir regiões de água calma. Pode ser encontrado atrás de obstáculos, como galhadas, troncos, na sombra durante o sol forte, no meio da vegetação, junto de estruturas como estaleiros, em praias de rios, drop offs e junto aos barrancos. Caçam por emboscada ou perseguição ativa, e são muito determinados na busca por alimento.

As modalidades de pesca variam de acordo com o tipo de pescaria, porte dos peixes e estruturas onde será pescado, As varas mais indicadas vão de 5,6 a 6,6 pés (1,70m a 2,00m), de ação média, rápida ou extra-rápida, sendo preferível as varas de ação rápida, para linhas variando de 10 a 20 lb para os conjuntos médios e 15 a 30 lb para os conjuntos pesados. As linhas devem ser entre 0,30mm e 0,50 mm, atadas com um líder de linha mais grossa, de preferência de fluorcarbono, com mais ou menos 1,80m.

As iscas variam desde plugs de superfície (zaras, hélices, sticks, poppers), de meia-água e de fundo, jigs, spinners, spinnerbaits e colheres. Já na pesca com iscas naturais, a melhor isca é o lambari, que deve ser iscado pelo nariz, pois ele sobrevive mais e nada melhor. Os anzóis devem variar de 2/0 a 6/0. É essencial o uso de uma bóia, definindo o comprimento do chicote de acordo com a posição dos peixes na coluna d'água.
Podem ser pescados também com equipamento de Fly, variando do número 6 ao 9, e iscas como streamers e poppers.

Fala-se muito que o tucunaré acaba com os peixes nativos do lugar que ele se instala, porém isso carece de comprovação científica, mas tenho notado e observado a dificuldade de se pescar lambaris e tambiús na Represa Jurumirim nos últimos tempos, ao mesmo tempo que tenho notado o aumento significativo dos cardumes de tucunarés.







Boas pescarias!!!
Não jogue lixo na beirada dos rios!!!
Pratique o pesque e solte!!!





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